Old

16 de outubro de 2013

Solon

Se já leste Douglas Coupland então putjó hand inti ér.
Conhecido como o escritor contemporâneo que envergonha a escrita moderna dos outros - isto é a sério, eu estou sempre a ler isto na capinha pequenina do livro que tem a biografia do homem - os bestsellers que tive o prazer de ler chamam-se Geração Z e jPod.
Completamente marados e inspiradores, contudo credíveis.
E falando em credibilidade, o assunto que quero hoje tratar, faz parte da Geração Z.
SOLON é uma droga do futuro. Spoilers á parte, a ficção passa-se no futuro, onde as pessoas têm preocupações e stress porque possivelmente irão morrer porque não há abelhas porque o homem destruiu a Natureza porque é ganancioso é só pensa no dinheiro. Portanto, os medicamentos Solon vendiam-se que nem iPhones no primeiro dia de venda e todo o planeta o consumia. Uma droga altamente viciante cujo efeito era enganar a percepção da mente em relação ao futuro. Por outras palavras, as preocupações de um homem ansioso normalmente relacionam-se com questões futuras, como Será que vou ser despedido, O salário chegará até ao final do mês, O bebé vai nascer saudável, Como me terei saído no exame, etecêtera e tal, e isso causa um enorme stress no presente. Ora, esses medicamentos têm o propósito de fazer o homem esquecer o futuro, e todas as suas preocupações. Ele fica calmo, super tranquilo, não fica carente. Sim, porque uma pessoa carente e desesperada só se humilha: os bêbedos ligam para as ex-namoradas, as ex-namoradas ligam para sexo, e depois arrependem-se, os casais ficam tempo demais á volta dos papéis do divórcio, pá uma chatice, meu.
Então, é apenas tomar o comprimido, sentir a vida nas veias alegre e despreocupadamente.
Efeitos secundários, além de náuseas ou alergias - ah, aqueles sintomas que aparecem em quase todos os folhetos informativos, até parece copypaste - são o facto de um humano deixar de ser humano, para passar a ser... hmm.. ajudem-me que não tenho a palavra..., ...olha passam a ser dhaiuhfebéubéu, não agem de forma natural, mas como gente permanentemente pedrada e ficam viciados.
Só que naquela sociedade a gente dhaiufebéubéu até que era bem aceite, uma vez que era um medicamento legal e consumido á escala planetária, ou seja no judgements at all... Mas, onde já se viu, gente que não é gente, alminhas penadas e cabeças ocas a bambolearem por aí? Isso é que não podji ser!
Enfim, eu tomaria.
Acabo assim o texto, num tom que pede reflexão sobre o assunto. O quão maravilhoso seria um mundo onde a tristeza era trocada por um monte de drogados alegres?


ps.: ok, vim só dizer que devia estar a ter um ataque saramaguiano, porque reli o texto e a falta de vírgulas é alarmante.
ps2.: Mas recuso-me a corrigir
ps3.: Este terceiro post scriptum responde um bocadinho á minha última pergunta: sim, já existem pessoas assim, socialmente conhecidas como HIPPIES :D
ps4.: Abri este ps só pelo gozo.

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