Old

26 de fevereiro de 2014

Something missing.

É ténue a linha que separa o sério do ridículo, o absurdo do credível. Assim como as emoções que se dizem opostas. Como a felicidade e infelicidade. Existe uma ponte que liga todos estes elementos, aliás, que liga toda as contradições. Define-se frequentemente por confusão, mal entendido. Expressa-se por fingimento.
E a este desabafo devo uma transição entre estes dois estados, tal Roma que se fez num só dia, que agora me apercebi. Assim, subitamente, sem aviso. Um aparte: ridículas são esta expressões, deverão os sentimentos por detrás serem levados em conta? Isto bem que pode ser uma daquelas previsíveis cartas de suicídio, palavras que apenas são levadas a sério se existir a ameaça, ou pior, o acontecimento. E agora um aparte, dentro do aparte: porque é que a morte é tão significantemente fatal?
Retomando: voltou o vazio, feeling like shit again. Sei que ontem estava feliz. De um momento para outro acumulei alguns nervos. Senti-me sob a necessidade de continuar o teatro da felicidade. E quando dei por mim, estava a fingir (novamente) o esgar que se assemelha ao sorriso. Por fim, afundei-me.
Há uma coisa que, caro desconhecido, ainda antes de me conheceres, deves saber: tenho tendência a criar distância das pessoas com quem começo algo, após estas conhecerem-me superficialmente. Não há passo seguinte. Honestamente, nem eu mesma sei o que há depois disso. Desconheço se haverá mais por debaixo da ponta deste icebergue sorridente, ou se é apenas demais futilidade. No entanto, consigo assistir ao desenrolar da cena, como uma expectadora.

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