Old

4 de junho de 2014

Era uma vez um início.

Então eu era a menina que tinha medo de se apaixonar, de se entregar e revelar cada uma das suas facetas. Quem eras tu? Entraste assim, sem me dar tempo de perceber o que estava a acontecer: repentinamente mas da maneira mais clean possível, porque "contigo não faço jogos". E eu senti-me tentada a acreditar. E suponho que tenha começado como todas as histórias começam, cada um a querer saber tudo sobre o outro. Aí, descaí-me tanto, mas tanto que se não fosse a segurança que me transmitias, provavelmente fechar-me-ia ainda mais neste casulo. Mas continuei a falar. Como és, como são os teus pais, que relações tens, os teus gostos, o que te faz feliz, o que te irrita, onde gostarias de ir.

Surgiu a primeira minha crise. Era meio que previsível, afinal não serias tu a mudar o Roma não se fez num dia. Se eu demorei mais que três anos a superar minimamente, surpreenderia-me bastante se estas crises sumissem. Eu fugi durante alguns dias, tentando não te influenciar. Erro. Teve o impacto contrário e por este descuido ou mal-entendido, afastei-te, tal como faço com tudo e todos, tal como sempre fiz. Não sei porquê, mas pensei que isso não se sucederia. E tal como já previa acontecer, magoar aqueles que nos são/estão próximos, magoei-te e lamento profundamente por isso. O que é de salientar nesta história foi o modo como reagiste. Sem medo das lágrimas, sem se desorientar com a incompreensão, e sempre sempre jurando estar comigo, fazendo-me prometer que contaria contigo. Amei.

E agora, embora semi-despida e super vulnerável, sinto-me bem. Algo de segura, algo de feliz. Mas por agora já não receio nada, porque parte de mim, já foi entregue a ti, e muito bem cuidada. 

Fazes-me feliz, obrigada.

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