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9 de fevereiro de 2010

Coração

Vocês vêm e vão. Chegam, marcam, partem, regressam... E as saudades ficam sempre penduradas. São importantes, fazem parte da minha vida, ajudaram-me, choraram, riram, falaram comigo. E no entanto anos depois passam por mim com esse rosto da indiferença marcada pelo tempo. Porque têm de ir? Vocês perteciam ao meu coração, eram aquela base, os essenciais, os importantes, os especiais, porque foram?
Não me reconhecem? Não se recordam dos bons tempos deixados para trás? Onde estava a agenda que tinha o meu número, aquelas férias na praia, a pequena amostra de souvenirs, as fotos, os momentos...?
São demasiado únicos para eu conseguir arranjar. São demasiados caros para eu poder comprar. Nenhuma borracha consegue apagar estas Saudades. A vossa ausência nota-se cada vez mais em qualquer parte da minha vida. São aquele buraco no coração que nunca mais será ocupado.
Amizade, será que é para dar, receber e esquecer? Porquê? É demasiado injusto, estranho, mas não dá para compreender.

Amigos.

Vocês. Mesmo que partam e deixem esse espaço vazio no coração estarão na memória dos momentos, e quando eu me for a baixo eu olharei para eles e sorrirei outra vez. Como vocês me fizeram sorrir.

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