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9 de março de 2010

Perfeição

«Há uns que amam o poder, outros que têm o poder de amar.»

E qual será o mais forte?
O mais feliz?
O que consegue, atinge, possui, alcança o poder. Ele deseja subir. Porque sempre foi diminuído socialmente. Ou porque nunca foi levado a sério, ou não conseguiu amar verdadeiramente algo. Não teve obsessões. Apenas ambições. Não deixou a vida continuar sem a dominar. Traçou planos e vai lutar até conquistar. Até ganhar. Até ser reconhecido, ter o seu nome registado, gravado. Sentir que as suas mãos valem mais do que qualquer comum mortal, apenas porque com as mãos ele chegou ao poder. Com os lábios ele pronunciou as palavras necessárias e tinha os seus desejos, sonhos e ambições concretizadas.
E o que tem o poder de amar?
Ele protege. É sensível. Necessita de amor. Respeito, carinho e protecção. Três palavras, pequenos gestos e ele sente que é o suficiente para ficar feliz. Para viver a vida em paz.
Ele daria a sua vida em troca daqueles que ama. No seu coração caberia o mundo inteiro. Mesmo que parte desse mundo o tenha magoado, traído, criticado, culpado, julgado, ele perdoará. Porque os ama. Porque sabe que apesar dos defeitos, as virtudes estão lá, existem, escondidas, meio invisíveis. E que foram essas virtudes que fizeram-no querer proteger essa pessoa, fazê-la feliz.

Talvez se uma personalidade tivesse amor ao poder e o poder de amar, resultaria em alguém Perfeito. Porque concretiza os seus sonhos mas não é narcisista. Não peca por malícia, não intenciona ferir, prejudicar, apenas necessita de uma dose de orgulho e humildade e um par de mãos para mudar o mundo e tornar este Universo em algo pacífico.
Não é necessário tirar a estrela de outros para brilhar. E esse alguém sabe-o.

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