Old

11 de outubro de 2010

Claro.


"Quem vê caras não vê corações"


Soa como um facto Inventado por alguém feio e filosófico (não, não foi inventado por mim).

Na maioria dos casos não se aplica. Tem tudo a ver com a nossa personalidade e atitude. O ambiente que sempre nos rodeou, as pessoas que nos influenciaram, e restos de persistência, sabedoria, apoio amigo e tretas. Em suma: aquela frase não é real, mas há excepções.

O nosso olhar é a principal prova. Podemos ter um olhar curioso, brilhante, feliz, emocionado, indeciso, confuso, inseguro, triste, confiante, desonesto, estúpido, mongo, inteligente, e diz-nos logo com que tipo de pessoa estamos a lidar. Mas claro que é preciso saber decifrar e interpretar, afinal o tal "livro da alma" não é para os que sabem ler, mas sim os que têm experiência de vida.



E a maneira como olhamos. Ou não olhamos. Ou quando evitamos olhar. Ou a direcção em que olhamos. Se uma pessoa fosse suficiente simples, dois dias de "olhos-nos-olhos" e alguma conversa talvez parecesse que já a conhecemos há anos.

E a partir daí, vem a maneira de andar, vestir, falar, gestos...

Podemos rapidamente distinguir os frívolos dos carinhosos, os de sorriso cativante, atraentes e que merecem a nossa confiante, os de aspecto duvidoso em que ficamos pelo simples Olá.

Com excepções. Sempre.

E a verdade é essa. Há pessoas que cada manhã acordam e saltam para o espelho e sentem-se confiantes e cheios de energia, e outras que gostariam de ser outra pessoa. Alguém.

Ser Zé-Ninguém não abre nenhum caminho; como se alguém precisasse de repetir isto de novo. O meu cérebro grita-me isso a cada momento.


E isso fá-las sentir inferiores e inseguras, também dependendo se foram marginalizadas, afastadas por supostos amigos acabando por ter de se adaptar á solidão.

Integração, que palavra tão cutchi-cutchi. :3

Quanto aos "alguéns", têm outras preocupações, e apenas desejam. Ambicionam.

É a questão da colina: uns no topo, outros o fundo.


Vamos lá dar um tiro no idiota que criou a Injustiça.

Mas esperem: estou a ser hipócrita apontando apenas os detalhes físicos.
Os corações continuam a bater em cada peito. Vai haver sempre gente como nós pelo mundo.

Apenas temos de ter persistência em procurá-la. Porque só essa pessoa nos compreende.

E com todas as tretas que escrevi até agora, tudo o que eu queira dizer é que se nos importamos tanto com o nosso físico, disperdiçamos e abafamos todas as nossas qualidades e talento cá dentro.

Só temos um corpo, não vamos odiá-lo. Vamos cuidar dele.

Só temos uma alma, não vamos feri-la.

Só temos um coração. Que pode conquistar o mundo. Com o que seja que estiver cá dentro.


Afinal, se houver um desequilíbrio apenas podemos culpar-nos. Por isso vamos ver corações, e dar uma espreitadela á cara.

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