Old

12 de abril de 2011

tanto.


E nós que temos de encontrar o equilíbrio para sobreviver... Nunca demais, nunca de menos.

O desejo é como uma criança, quanto mais lhe cedermos,
 mais exigente se torna.

E é estranho como parece escasso o que possuímos quando desejamos demais.
Abuso, excessividade, querer, desejar, poder, comprar...
Mas a vida é curta e temos de ser selectivos, Seleccionar o que nos é mais importante. Reorganizar os nossos valores e prioridades. Hierarquizar os detalhes da vida, os objectivos e os caprichos.

Há tanto amor para dar e receber, mas tememos as novas experiências, a quebra da rotina, receamos as reacções... E acaba por ficar sempre algo por dizer.

Tantas palavras para serem ditas, e no entanto, passamos o tempo á conversa sobre banalidades do dia-a-dia...

Tantos sentimentos para descobrir e explorar, porém algo nos impede de os sentir intensamente... Porque apenas realmente vivemos os momentos quando estes estão prestes a acabar?

Tantas pessoas com quem nos preocupar, que precisam de ajuda, mas a cada minuto que passa, o nosso altruísmo diminui, e com ele, a nossa vontade. E a nossa compaixão. Porque justificamos os nossos actos com os nossos erros, o que o passado moldou de nós.

Tantos desafios, barreiras e obstáculos a ultrapassar e parece que nem sempre conseguimos lidar com os testes que a vida e o destino nos propõem...

Há tanta coisa para fazer, e no entanto ainda temos uma capacidade incrível de ficar parados nesta sociedade, sem fazer nenhuma mudança, sem alterar nenhum hábito, sem corrigir nenhum pecado.
Estupidamente, ainda colocamos no rosto uma expressão de que "não há nada para fazer".

Há tão pouco tempo para fazer o tanto, mas o ser humano ainda tem a habilidade de se desleixar, afundar, cair, cavar a sua própria cova.

E o caminho nunca é curto, nunca é estreito, pelo contrário é rico e abundante, cheio de mistérios a aventuras, mas haverá tanto tempo como o suposto para o percorrer? 

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