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10 de maio de 2011

Casamento - se estás numa relação, lê isto! No fim saberás porquê...


Naquela noite, quando cheguei a casa e a minha mulher servia o jantar, segurei-lhe a mão e disse, Tenho algo que te quero contar. Ela sentou-se e comeu calmamente. Novamente observei a dor nos seus olhos.
Inesperadamente, não soube como dizê-lo. Mas eu tinha de deixá-la saber o que eu estava a pensar. Eu queria o divórcio. Puxei o assunto calmamente.
Ela não pareceu irritada com as minhas palavras, em vez disso, perguntou-me suavemente, Porquê?
Evitei a questão. Isto magoou-a. Atirou os talheres * e gritou, Tu não és um homem!
Não falámos mais durante essa noite. Ela chorava. Eu sabia que ela queria descobrir o que acontecera ao nosso casamento. Mas dificilmente eu poderia lhe dar uma resposta satisfatória, ela perdera o meu coração para Jane. Já não a amava mais. Tinha-lhe traído!
Com um profundo sentimento de culpa, assinei um contrato de divórcio em que ela ficaria com a casa, o nosso carro e 30% das acções da minha empresa.
Ela fitou o contrato e rasgou-o em pedaços. A mulher que convivera dez anos da sua vida comigo tornara-se uma estranha. Eu lamentei o seu tempo, recursos e energia gastos mas não poderia retirar o que tinha dito sobre amar tanto Jane. Por fim, ela chorou á minha frente, tal como eu tinha previsto ver. Para mim, o seu choro era uma espécie de liberdade. A ideia do divórcio pela qual eu tinha estado obcecado durante longas semanas parecia agora clara e firme.
No dia seguinte, cheguei mais tarde a casa e encontrei-a escrevendo á mesa. Não tomei a ceia e fui directo para a cama, adormecendo rapidamente porque estava cansado depois de um dia em cheio com Jane.
Quando acordei, ela continuava á mesa escrevendo. Simplesmente não me importei por isso virei-me e adormeci novamente.
De manhã, ela apresentou as suas condições de divórcio: ela não desejava nada meu, mas precisava de mês, antes de assinar o contrato. Ela pediu que nesse mês ambos tentássemos viver a vida o mais normalmente possível. As suas razões eram simples: o nosso filho teria os exames no final do mês e ela não queria prejudicá-lo com o fim do nosso casamento.
Isto foi aceite por mim. Mas ela pedia algo mais, ela desejava reviver a maneira como eu a tinha carregado para o quarto na nossa noite de núpcias.
Ela pediu que em cada dia desse mês eu a carregasse desde o nosso quarto até á porta da casa por cada manhã. Eu pensei que ela tinha enlouquecido. Apenas para tornar os nossos últimos dias suportáveis, concordei com o seu pedido.
Contei a Jane as condições de divórcio da minha mulher... Ela riu-se e pensou o quão absurdo eram. Não importava quais os truques que ela usava, ela vai ter de enfrentar o divórcio, escarneceu Jane.
A minha mulher e eu não tínhamos tido nenhum contacto físico desde que a intenção de divórcio foi expressa. Por isso no primeiro dia em que a carreguei, ambos parecíamos desajeitados. Atrás de nós, o nosso filho aplaudiu-nos, O papá está a levar a mamã ao colo! As suas palavras trouxeram-me um sentimento de dor. Do quarto á sala de estar até á porta, eu andei cerca de dez metros com ela nos meus braços. Ela fechou os olhos e disse suavemente, Não contes ao nosso filho sobre o divórcio. Eu acenei, sentindo-me algo desgostoso. Coloquei-a no chão, á porta. Ela foi até á paragem, á espera o autocarro, para chegar ao trabalho. Eu conduzi sozinho até á empresa.
O segundo dia, foi mais fácil para ambos. Ela encostou-se ao meu peito. Eu podia sentir a fragrância da sua blusa. Apercebi-me que não tinha olhado bem para esta mulher por um longo tempo. Apercebi-me que ela já não era jovem. Havia finas rugas no seu rosto, o seu cabelo tornava-se acinzentado! O nosso casamento tinha-a desgastado. Por um minuto perguntei-me o que tinha feito com ela.
No quarto dia, quando a peguei, senti uma certa intimidade  a regressar. Esta foi a mulher que me deu dez anos da sua vida.
No quinto e sexto dia, apercebi-me que a nossa intimidade aumentava de novo. Não contei isto a Jane. Tornara-se mais fácil de carregá-la á medida que o mês passava. Talvez o trabalho diário tinha-me tornado mais forte.
Uma manhã, estava ela a escolher o que vestir. Ela tentou vários vestidos mas não encontrou  um que lhe servisse. Ela suspirou, Todos os meus vestidos cresceram. Reparei que ela emagrecê-la tanto, motivo pelo qual tornara-se mais fácil de carregar.
Atingiu-me de repente... ela tinha acumulado tanta dor e amargura no coração. Inconscientemente, aproximei-me e toquei na sua cabeça.
O nosso filho apareceu nesse momento e disse, Pai, está na hora de levar a mãe ao colo. Para ele, ver o seu pai carregando a sua mãe tornara-se uma parte essencial da sua vida. A minha mulher acenou ao nosso filho para se aproximar e abraçou-o profundamente. Virei o meu rosto porque receava mudar de decisão á última hora. Segurei-a então nos meus braços, andando do quarto pela sala de estar, ao hall. A sua mão rodeou o meu pescoço suave e naturalmente. Aconcheguei o seu corpo, tal como no dia do nosso casamento.
Mas a sua perda de peso entristeceu-me. No último dia, quando a envolvi com os meus braços, mal consegui dar um passo. O nosso filho tinha ido para a escola. Abracei-a e disse, Nunca tinha reparado na falta de intimidade na nossa vida.
Guiei até ao trabalho... e saltei do carro sem ter sequer trancado a  porta. Temia que qualquer impulso me fizesse mudar de ideias. Subi ao piso superior. Jane abriu a porta e eu disse, Desculpa Jane, eu já não quero o divórcio.
. Ela olhou para mim, desfeita, e tocou na minha testa. Estás com febre? Tirei a sua mão da minha cabeça. Desculpa, Jane, disse, Eu não vou me divorciar. O meu casamento era aborrecido provavelmente porque eu e ela não tínhamos valorizado os detalhes das nossas vidas, e não porque já não nos amávamos. Agora percebo que desde que a levei para minha casa no dia do nosso casamento, era suposto eu carregá-la até que a morte nos separasse.
Jane pareceu acordar de repente. Esbofeteou-me, atirou com porta e desfez-se em lágrimas. Eu desci novamente e conduzi dali para fora.
No caminho, parei na florista e pedi um bouquet para  a minha mulher. A rapariga do balcão perguntou-me o que escrever no cartão. Eu sorri e escrevi. Eu vou levar-te ao colo cada manhã até que a morte nos separe.
Nessa tarde, quando cheguei a casa, de flores na mão, sorriso na cara, corri pelas escadas acima, apenas para encontrar a minha mulher na cama - morta. A minha mulher tem lutado contra o Cancer durante meses e eu estive tão ocupado com Jane que nem tinha reparado. Ela sabia que morreria em breve, e quis poupar-me á reacção negativa do nosso filho, caso eu puxasse pelo divórcio. Ao menos, aos olhos do nosso filho... Eu era um marido perfeito.


Os pequenos detalhes das nossas vidas são o que realmente importam numa relação. Não é a mansão, o carro, propriedade, o dinheiro no banco. Estes criam um ambiente estimulante á felicidade mas não podem dar a felicidade. Por isso, procura e dispensa um tempo com a pessoa que amas para comprar a intimidade!
Se não partilhares isto, nada te acontecerá. Mas se o fizeres, talvez acabes por salvar um casamento! Muitas falhas nas vidas são causadas pelas pessoas que não se aperceberam o quão próximo estavam do sucesso quando desistiram!

So then, they are no longer two but one flesh. Therefore what God has joined together, let not man separate. Matthew 19:6.

Por Stephanie Halmilton [traduzido por jayinnowhereland]



*Nota: no original : chopsticks - pauzinhos. Era um casal asiático! Mas não quis traduzir "Atirou os pauzinhos"  por isso.... Obrigada pela compreensão!

5 comentários:

  1. Impossível ler com o fundo na mesma cor da letra #ficadica

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  2. História mais bonita que essa é só no filme A Prova de Fogo. Já vi as dicas desse filme salvar muuuitos casamentos. Sério.

    Beijos

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  3. mto lindo, é como dizem perdemos pra da valor..
    O certo e fazer as coisas ate o ultimo caso pra dar certo,porque ai vc pode dizer que fez tudo que foi possivel..

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