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9 de abril de 2013

Quem se importa?


Julgo-me uma feliz abençoada pela ignorância. De que outra forma iria eu ser assim, senão pensando em nada? No momento em que deixei de me importar, comecei a viver, a acumular as consequências e a encolher os ombros a tudo o que antes me causava embaraço, ás crises existenciais do costume, ás dúvidas típicas do adolescente.
Mas hoje as circunstâncias deram-me um safanão: tu já não és a mesma. Isso é bom, isso é mau...?
É que antes, eu tinha objetivos, prioridades, sabia o que era certo e errado, dantes eu importava-me.
Mas não era feliz. Faltava sempre algo, nunca me adaptava realmente. Talvez aparentasse; ás vezes nem isso.
Agora, sinto-me feliz. Sinto-me grata com tudo. Mas já não sei o que é certo, tudo o que tinha aprendido e dado como garantido começa a parecer pouco sólido: será que vale a pena fazer isto? Isto vai-me garantir alguma coisa? Para quê tanta dedicação e esforço nisto, para quê e porquê? Até mesmo a forma como eu escrevo: se antes me incomodava o facto de escrever desta maneira incoerente e pomposa, agora já não me importo, mas tenho noção de que desta forma a minha escrita não vai cativar, não vai apaixonar ninguém: é a minha personalidade mais sincera a falar, mas é a publicidade errada. (Mas quem estou eu a tentar agradar?)
Contudo, a interrogação mais importante é: estou a perder-me? Estou outra vez a ser passiva e a deixar-me ir pelas circunstâncias, será que parei de lutar, Estou a cair de novo?
Não quero.


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