Old

7 de outubro de 2009

Tempo


Não se sabe quando começou e quando vai acabar, se é que algum dia vai. O certo é que o relógio que marcou o tempo até agora nunca se atrasou.
O tempo corre, pode correr como o som do riso por uma rua vazia ou como as lágrimas que brotam nos olhos mas terminam num sorriso. E quanto tempo dura isso?
Nunca existiu algo chamado Infinidade. Escuta-se aquele incómodo tic tac do nosso coração, e um dia, sem avisar, pára. Também ouvimos esse monótomo som quando estamos aborrecidos. Aí, parece que o tempo arrasta-se. Até á Infinidade que não existe mas que no fundo conseguimos ver. E é algo tão simples e complicado como isso.

Tantas vezes foram aquelas em que quis avançar no tempo, recuar no tempo, mudar os acontecimentos, para os momentos, prolongar ou apressar. Seria um explêndido dom.
Mas quanta magia existe por entre os dois ponteiros desse relógio? Parece que a magia desaparece no momento em que algo chocante acontece, e então aí o mundo devia acabar, o tempo devia parar. Mas não pára. Segue o seu caminho. Parece que o tempo é a única excepção de "tudo o que começa, um dia acaba". Mas... Quando começou o tempo? Nunca foi no dia em que eu vi a luz, porque tenho noção de que existia antes. E pode ser tudo tão confuso como o Senhor do Tempo, criar uma história para cada um ficar ciente de que houve de facto algo antes de cada um nascer. Parece que o ínicio, o meio e o fim, são momentos imaginados, criados e aperfeiçoados pelo tempo, e vividos por nós, só para estarmos cientes de como a vida é curta e cheia. Mas como determinar o tempo da vida, se não sabemos o tempo do tempo? Não basta dizer que cada dia tem vinte e quatro horas, porque por vezes pode ter sete horas ou mesmo trinta e oito horas. Depende de cada momento. Depende do tempo que cada um tem e leva a usá-lo, a experimentá-lo, a vivê-lo e a saboreá-lo, para mais tarde recordá-lo.

Sem comentários:

Enviar um comentário